sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Relatório

Relato agora a aula do dia 19 de Novembro.
Começámos a aula a ouvir o relatório da aula anterior realizado pela colega Inês Freitas, um relatório muito extenso, mas bem explícito. Depois da sua crítica ao relatório, a professora Risoleta anunciou o “programa de festas”, sendo este:
Dia 24 de Novembro:
Continuação do estudo da Mensagem; vamos ouvir música do tempo de Pessoa e também uma oficina de escrita.
Dia 26 de Novembro:
Apresentação dos trabalhos de Grupo
Dia 3 de Dezembro:
Teste, e entrega da auto-avaliação (dizer o que achamos que merecemos e a justificação)
Dia 10 de Dezembro:
Continuação da apresentação dos trabalhos de grupo

A professora deu vários conselhos para fazermos uma boa apresentação do relatório e para conseguirmos dizer bem as estrofes. Entre eles:
Não pôr as folhas em frente da cara;
Saber projectar bem a voz;
A entoação não deve ser monótona, (usar uma medida exacta, nem muito exagerada nem muito baixa, com tom de adormecer os receptores)
De seguida, a professora avançou com o conto inacabado da última aula, “Um zero á esquerda” do CALVINO, Italo; Teorema Lisboa 1995.
Após o conto, abrimos na página 32, lemos assim o poema “O Infante”
Logo no início encontrámos uma nova figura de estilo, sendo esta a Gradação.
Ex: (Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasça, ou seja, começa em Deus, o que ele quer, desce para o sonho do homem e acaba na realização deste)
A propósito do Infante, por curiosidade, a professora contou uma pequena história em que um fotógrafopediu à “AGFA” um patrocínio de umas caixas á prova de água, e meteu lá dentro umas caixinhas de rolo com uma película, criando os “pinhols” com textos escritos em várias línguas do mundo.
Usou essas máquinas para reproduzir o feito do Infante. Mandou várias caixas dessas ao mar, em Sagres, para tirar várias imagens. Para quem as apanhasse tirar várias fotografias e mandar de volta para o endereço anexado.
Até houve uma situação em que um pescador foi mordido por um peixe num dedo e fotografou o seu dedo que, “estava por um fio”.
Volto a referir, que esta curiosidade veio a propósito de como o Infante impulsionou, a partir de terra, os descobrimentos.
Imediatamente, foi proposto à turma colocar por ordem sintáctica do Português o 2º Verso da 3ª estrofe:

Quem te sagrou deu-nos sinal do mar em ti e em nós.
Analisámos em seguida o poema: “O Mostrengo”
A Professora perguntou qual o elemento simbólico importante neste poema, por acaso fui eu que respondi, e o elemento é o número três.
O Poema contém: 3 estrofes, um refrão que se repete três vezes: ‘El-Rei D. João Segundo’
O número três é um arquético, como o Mostrengo.
Desvendamos que o Homem do Leme é o Vasco da Gama.
O Homem do Leme mostra-se muito corajoso quando assume os seus próprios medos.
Para reforçar o poema, foi-nos sugerido lê-lo em coro, em que tínhamos um narrador, sendo este a Rita, o Rei, e o resto da turma eram os "mostrengos".
Finalmente uma crítica risonha da professora, dizendo que a turma, como "mostrengos" não tinha muita saída.
Por fim, adiantámo-nos para a página 137 em que alguns colegas da turma leram um texto teórico sobre o Sebastianismo. Depois tocou para a saída.

Joana Dionísio, 12º E

O Fogo em Os Lusíadas

O fogo é um elemento que está, sem dúvida, presente em toda a obra Os Lusíadas. Não direi que em cada estrofe esteja presente a palavra fogo, que se fale constantemente na obra sobre este elemento tão ardente e poderoso, de uma forma concreta. Falo pois, não em sentido concreto, mas abstracto, e sem dúvida que deste modo poderei dizer que sim, que o elemento do fogo aparece, em cada verso, e em cada palavra, que está presente em qualquer leitura desta obra feita por nós, sentida por nós,...sim por nós , pois Português que se orgulhe do seu país, do seu passado histórico, com certeza que sentirá esse fervor que nos toca no peito quando está presente perante tais feitos grandiosos que apenas se distanciam de nós por uma folha de papel.
Este fogo abstracto de que tanto falo, sem dúvida que é Portugal, e como já tinha referido, os seus gloriosos e históricos feitos, os quais foram reconhecidos internacionalmente, e que também proporcionaram um melhor futuro ao próprio país.
É claro que também está presente noutros acontecimentos que serão abordados ao longo d' Os Lusíadas, em alguns de um forma um pouco mais concreta do que noutros. Temos o exemplo da grande paixão entre Inês de castro e D. Pedro. Neste episódio sem dúvida que assistimos a um sentimento de tal modo forte, que quase conseguimos sentir o calor proporcionado pelo fogo de tal paixão, de tais sentimentos sofridos e implorados. É um episódio em que estão presentes tantos sentimentos contraditórios, e dramaticamente fortes que quase sentimos na pele o que as próprias personagens sentem. Sentimentos bons, puros, como a paixão e amor, são demonstrados ao longo do episódio por Inês de Castro, mas que ao mesmo tempo demonstra tal desespero e sofrimento interior pelo facto de não querer morrer, para não deixar seus filhos e seu amor, de não poder sentir mais algo tão único como o que sente por eles, chegando mesmo a implorar ao rei que não a mate. Como reparamos, são sentimentos de tal modo fortes, ardentes e inquietantes, desde uma paixão e amor inseparáveis, até ao sofrimento de medo e total desespero, que nos irão transmitir ao longo dessa leitura um fogo que se ateia e cresce no coração do leitor com cada verso.
Entre este exemplo ligeiramente concreto da presença do elemento do fogo, também temos outros, como é o caso de: a Invocação , onde o poeta pede às Tágides um engenho, uma inspiração ardente "que o peito acende e a cor ao gesto muda", para poder em verso narrar os grandes feitos portugueses de um modo grandioso, e assim se espalharem pelo inteiro Universo; outro exemplo é a discussão entre Vénus e Baco, no episódio “Consílio dos Deuses no Olimpo”, em que ao tornar-se de tal modo séria e divergente em termos de opiniões e decisões, nos transmitirá um ambiente tenso e caloroso.
Estes que acabei de referir ainda agora, são uns dos vastos exemplos que poderia falar.
Já falando de algo mais abstracto , podemos dizer que a própria obra é o melhor exemplo a dar. É por assim dizer, onde mais está presente tal elemento, o fogo, pois sendo o tema principal abordado os descobrimentos, não haveria melhor elemento para se relacionar com o grande sentimento demonstrados por parte dos portugueses.
Ao longo de toda a obra assistimos a um esperança no futuro, um confiança extremamente optimista e corajosa, onde se acredita na capacidade humana de superar as limitações e assim ascender a um nível superior, a vontade de redescobrir, de explorar, de trazer prosperidade a si e aos seus, sentimentos estes que serão essenciais, pois será graças a eles que os portugueses conseguiram cumprir a sua missão, os seus objectivos.
Os Portugueses procurarão dar uma identidade para Portugal, e é o tal fervor que lhes aquece o peito que lhes dará força para se tornarem de tal modo invisíveis, chegando assim ao patamar onde ninguém os conseguirá parar e impedir de chegarem aos seus objectivos.
Os descobrimentos tornam–se, portanto, algo decisivo, e ao mesmo tempo ardente e empolgante, que darão aos portugueses o orgulho e a dignidade merecida.
Com tudo isto nos apercebemos que a obra de Camões respira sentimentos ardentes, os quis são transmitidos ao leitor constantemente, pois é um sentimento de tal modo forte, que se poderia exagerar dizendo que se sente em cada estrofe, desde o início ao fim.

Trabalho realizado por: Carlos Domingos, nº5, 12ºA

Um diário atrasado

A aula anterior, que se deu no dia 6 de Outubro de 2008, uma segunda-feira, e que corresponde às lições nº13 e 14, teve como sumário: Análise da Proposição e Invocação d' Os Lusíadas; Leitura de um conto: "O lampejo"; Leituras dramatizadas da Proposição; Análise Estilística: Hipérbole e Encavalgamento; Esquema da comunicação.
A aula teve início com a leitura e análise do relatório elaborado pela Bruna. Seguidamente fez-se a leitura e interpretação de um excerto do conto "O lampejo", e proseguíu- se com a mesma operação em relação aos textos denominados "Concílio dos Deuses", e "Invocação", da obra Os Lusíadas. Antes da aula terminar fizemos uma revisão do esquema da comunicação.
Analisando com maior pormenor o decorrer da aula, pode-se referir que o relatório da aula anterior realizado pela Bruna da aula estava sintético e completo, pelo que continha o essencial da aula, conseguindo assim relembrar os temas dados anteriormente. Após a crítica e avaliação do seu relatório por parte da professora, a mesma referíu que já tinha os testes de diagonóstico avaliados, embora sem nota, visto que serviam apenas para situar qualitativamente os alunos, e também nos informou acerca das futuras funções do Blogue da disciplina, entre elas a correcção de alguns trabalhos e a publicação de músicas relacionadas com a matéria.
Como habitualmente, a professora realizou a leitura de um excerto de um conto, neste caso " O Lampejo", a partir do qual se fez uma análise e interpretação originada na troca de ideias entre alunos e professora.
Concluíu-se, com a leitura do excerto, que a palavra lampejo é da família de "lâmpada", e que nos remete para algo que acontece na nossa rotina do dia-a-dia, tal como uma alteração na consciência, uma súbita luz que nos guia os pensamentos por momentos. De seguida mudámos para a leitura d' Os Lusíadas, começando com O Concílio dos Deuses, acerca do qual determinámos a sua estructura interna e o seu conteúdo. Inicia-se em "media-res", no Oceano Índico, onde a acção é paralela a dos Deuses no céu.Esta simultaneidade foi comprovada com certas frases do texto.Depois exercícios de leiura com especial ênfase na sonorização das palavras da Proposição, como a sua análise sintática.
Em continuação foi-nos proposta pela professora uma experiencia que consistia na alternância de diferentes alunos na leitura de cada verso ou palavra, que servíu para nos interiorizar melhor na obra épica. De seguida voltámos a analizar a Invocação, a nível sintático formal, e a nível estilístico.
Por fim, antes de escrevermos o sumário relembrámos o esquema da comunicação, que consiste na existência de um emissor, um referente, um receptor, e um código.
Conclui- se que a aula foi muito produtiva, pois conseguimos fazer várias leituras, análises, esquematizações, e abordar vários temas.

Carlos Domingos, 12º, nº5

TRABALHOS INDIVIDUAIS

Da análise que tenho estado a fazer dos trabalhos que já vi até ao momento, saliento e confirmo o que fui dizendo desde o início do ano lectivo e espero que no próxmo período todos entendam que é muito mais fácil e eficaz para um trabalho desta natureza começar a reunir material logo de início, porque isso torna o resultado mais pessoal e reflectido, permite um madurecimento, o meu acompanhamento e apoio, e elimina as angústias do prazo de entrega.
Risoleta

Relatório

Aula do dia 17 de Novembro de 2008

No início da aula do dia 17 de Novembro de 2008, não foi lido o relatório da aula passada como é habitual, porque este não tinha sido impresso. A professora iniciou a aula começando por ler o conto “O regimento perdido” de Ítalo Calvino. Chamou-nos à atenção para a repetição utilizada ao longo do conto, como por exemplo “as moles nuvens” e pediu para prestarmos atenção e/ou até tomarmos nota de alguns excertos deste conto, cuja leitura acabou por não ser finalizada nesta aula, para que de certo modo possamos enriquecer a nossa escrita.
De seguida, a professora leu-nos um diário feito por si sobre uma aula e a Visita de Estudo à Quinta da Regaleira e Palácio da Pena.
Ao longo do seu diário, a professora fez uma comparação entre as suas três turmas, dizendo que as reacções perante as notas do teste foram bastante diferentes: numa turma não houve qualquer tipo de reacção, noutra turma ficaram espantados pois esperavam piores resultados, enquanto que a nossa, por sua vez, tinha tido uma má recepção às notas a Português que alguns considerarm baixas, as quais não estamos habituados a ter. Deu ainda uma nota positiva à turma pela visita de estudo e expressou o seu ponto de vista em relação ao que é uma aula.
Acabada a leitura do diário, foi lida uma estrofe d’Os Lusíadas, na página 128 do manual, que está directamente relacionada com o poema “ O dos castelos” da Mensagem de Fernando Pessoa, pois ambos fazem uma personificação da Europa.
Passámos para a página 130, onde foam lidos e analisads os poemas "D. Afonso Henriques", que conquistou a maior parte do território português, "D. Dinis", que foi quem permitiu os Descobrimentos, pois foi ele que mandou plantar o pinhal a partir do qual foi retirada a madeira para se construir as naus e "D. Sebastião rei de Portugal" que está ligado ao 5º Império. Aqui está presente novamente o mito: o mito é o nada que é tudo – D. Sebastião teve de desaparecer, transformar-se em nada, para ser tudo. No decorrer da leitura destes três poemas, foi-nos pedido pela professora para sublinharmos as palavras que não conhecíamos e vermos no dicionário o seu significado como trabalho de casa.
No poema D. Afonso Henriques vimos que a palavra “vigília” podia ter várias interpretações, tais como no sentido de responsabilidade, um período em que se está acordado, uma oração feita antes das batalhas. Vimos também que o 5º e 6º verso eram uma alusão a um futuro e nos dois últimos versos há uma comparação entre bênção e espada como se as duas coisas fossem apenas uma e ainda que a espada está referida como um objecto simbólico e de justiça e que existe uma comparação entre espada e bênção.
No poema "D. Dinis", que era poeta de cantigas de amigo e plantador de naus, vimos uma comparação entre pinhais e trigo de império; que os sons do pinhal era uma antecipação ao som do mar, como que uma antecipação sonora do futuro.
No poema de D. Sebastião rei de Portugal, o sujeito poético é a pessoa de quem se está a falar. Foi vista uma repetição no 1º verso “louco, sim louco” que podia ser também um substantivo ou adjectivo, chegando-se à conclusão que era um adjectivo. D. Sebastião tinha uma certeza demasiado grande para ele e quis uma grandeza que não podia ser dada pelo destino, uma grandeza divina. No 4º verso o que ficou no areal poderá ser o corpo ou a alma, algo que seja mortal. Nos três últimos está presente uma metáfora, uma interrogação retórica e uma comparação entre homem e besta sadia. Metáfora presente em “cadáver adiado” que significa que o homem vai morrer, mas enquanto não morre, procria. A loucura é transcender a nossa animalidade, o ousar; é o que nos coloca acima dos animais. Os Descobrimentos foram um acto de loucura que descobriu novos mundos.
Estes três poemas correspondem á primeira parte da Mensagem: Brasão embora o poema de D. Sebastião rei de Portugal já nos aponte para a 2ª parte da Mensagem: Mar Português que começa na página 132 do Manual.
Foi lido o poema “O Infante” que mostra a imensa mestria do poeta. No 1º verso á uma gradação, ou seja, uma evolução: Deus manifesta a sua vontade, o homem visualiza e a obra nasce. Foi feita uma leitura colectiva do poema. De seguida, a professora leu o poema “O Mostrengo” onde vimos que o homem do leme era Vasco da Gama e que este se mostra fraco e forte ao mesmo tempo nos últimos sete versos do poema. Este poema tem três estrofes: o número simbólico três aparece associado ao homem do leme e ao Mostrengo.
Foi também feita uma leitura colectiva do poema “O Mostrengo”, onde dividimos a leitura por Mostrengo, Homem do Leme e narrador.
No fim da aula a professora pediu para lermos em casa o poema “ O Infante” para na próxima aula se fazer uma leitura colectiva para gravar.
Como ainda havia tempo até ao fim da aula, foram lidos os textos da página 137 onde está presente o mito do Encubierto, um mito ibérico de origem complexa, um desejo de independência territorial.


Nadine Vitorino, nº16 12º A

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sou pequena e grande. Sou tudo e nada. Sou o que quiser ser e não o que querem que eu seja. Hoje quero ser água. Quero ser água cristalina, aquela que refresca com um mero olhar, aquela que num só golo sacia a sede, aquela que é mais leve que todas as outras águas, quer sejam do charco, de rios e ribeiros, da chuva, nevoeiro ou até mesmo da gota de orvalho! Aquela água que é mais límpida que as límpidas águas dos lagos e que tem o fulgor das águas marítimas, cuja maresia seduz toda a humanidade. O murmúrio da minha água lembrará que todos os oceanos, mares e rios são nossos irmãos assim como toda a natureza que nos circunda e ressuscitará todos os que morreram afogados pelo mundo. O reflexo da minha água mostrará o que cada um foi e o que fomos, o que cada um é e o que somos, o que cada um e todos nós poderemos fazer para SER. Este SER é o que nos move. Não é corpo, é energia. Esta energia leva consigo o passado, o presente e o futuro. É o que nos permite viajar em nós próprios, o que nos permite transformar e sentir o que não é fisicamente realizável. Tal como eu hoje sou água devido à minha energia, amanhã posso transformá-la em ar, em terra, em estrela, em nada. Para o fazer basta-me sentir o AMOR do universo, basta amar e ser amada. A partir daí, deixo-me sair do meu corpo para ser só energia e como energia posso ser o que quiser. Hoje sou água.

Comunicação

Como tenho novamente o meu PC a arranjar não sei por quanto tempo e não tenho os vossos endereços que estão lá na caixa do correio do outlook, a partir de agora por uma questão de precaução passem a enviar-me os mails para:
so_risos@hotmail.com
Ainda consegui transferir os últimos mails com os trabalhos para lá. Por esta razão peço a vossa compreensão para alguma demora nas respostasa e na correcção/visualização dos trabalhos (estou com o acesso aos computadores um pouco restringido); obrigada.
Obrigada
Risoleta

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Diário

(AO TOMAR A INICIATIVA DE FAZER ESTE DIÁRIO, A ANA MOSTROU TER COMPREENDIDO TOTALMENTE QUAL É O OBJECTIVO DE UM TEXTO DESTA NATUREZA. PELO CONTEÚDO, MAS TAMBÉM PELO GESTO)

Diário da aula de Português do dia 24 de Novembro de 2008

2ª Feira, oito horas e trinta minutos… Um frio de rachar lá fora. Assim que entro no átrio da escola sou recordada de que temos um trabalho de Português para apresentar. Pânico geral! Eu sabia que tínhamos de apresentar aquele trabalho, pois até o tinha organizado algumas vezes com o João e na última semana tínhamos concluído o que nos faltava, mas depois disso esqueci-me completamente…
Pensei e até rezei um pouquinho para que o meu trabalho não fosse o primeiro a ter de ser apresentado, pois apesar de ele estar feito, a minha insegurança por não ter praticado a apresentação era imensa. Um nó no estômago!
A professora começou por dar introdução à aula, mas cada vez mais eu ia ficando nervosa, estava muito ansiosa, já não sabia se queria apresentar primeiro para ficar despachada de todo este nervosismo ou se queria até ser a última, para me preparar melhor. O problema, ou o “não-problema”, foi o sorteio… A minha sorte, má ou boa, ainda não percebi, foi que após os grupos estarem todos escritos nos papelinhos e sendo mesmo dez grupos, o meu saiu em primeiro!
Levantei-me para ir apresentar o trabalho e após alguns problemas técnicos, senti que para que a apresentação corresse bem eu teria de parecer confiante e acreditar em tudo o que dizia. A cada palavra que dizia reflectia segundos antes, mas depois se quisesse emendá-la parecia já tarde demais. Falei, falei, passei a palavra ao João, voltei a falar e acabou.
Segundo alguns dos meus colegas safei-me bem, dizem até que pareceu estudado e bastante equilibrado, apesar de não ter acontecido nada disso, apenas consegui dizer o que me lembrava que tinha estudado acerca do tema…
Sei que se tivesse de fazê-lo de novo teria de me preparar melhor, ou então até mesmo sendo um discurso preparado à última da hora podia esquecer-me de tudo e aí piorar a minha situação, já não sei que pensar!
No fundo, acho que não correu muito mal, sei que foi sintético mas acho que tinha o essencial do tema, agora e por fim só a avaliação o dirá.

Ana Monteiro, 12º A, nº 2

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Relatório

Língua Portuguesa
Miguel Afonso Martins Rosa Nº18 12H
Relatório – AULA 2008-11-18

Iniciámos a aula do dia dezoito de Novembro de 2008 sem a habitual leitura do relatório da aula anterior, pois o aluno que o tinha realizado na aula anterior não estava presente. Com isto passámos de imediato à leitura do habitual conto com o intuito da motivação dos alunos à leitura. Foi então lido um diálogo, em que o sonho de um senhor era arranjar cães de três pernas para puxar um carro travado; este intitula-se de “Mesmo os nossos sonhos mais extravagantes podem ser realizados”.
Em seguida a professora relembrou-nos a calendarização das tarefas que deverão ainda ser realizadas durante o primeiro período, sendo estas: a entrega da matriz do teste no dia vinte e cinco de Novembro, teste de avaliação dia vinte e sete de Novembro, a apresentação do trabalho de grupo dia dois de Dezembro, inicio da recitação da estrofe d'Os Lusíadas dia nove de Dezembro e ainda uma sessão de música do tempo de Pessoa e audição de alguns poemas de Fernando Pessoa dia onze de Dezembro. Falando ainda neste assunto a professora indicou-nos alguns cuidados que deveremos ter ao recitarmos a estrofe. Foram-nos dados alguns conselhos, como articular correctamente as sílabas, projectar a voz para que seja ouvida em toda a sala e a entoação que deveremos dar a cada estrofe.
Prosseguimos a aula e continuámos com a leitura e análise da Mensagem de Fernando Pessoa onde lemos o poema “O dos Castelos”, pertencente à primeira parte da obra, “Brasão”. Revemos a personificação, as antíteses e os paradoxos, que o três nesta obra é um numero simbólico; aprendemos o significado da palavra fitar (olhar com um objectivo determinado) e falámos também em palavras com sentido conotativo ou denotativo.
São denotativas palavras que se baseiam no sentido inicial, e são conotativos os sentido segundos, como a palavra cadeira que serve para sentar mas que na faculdade é equivalente ao que designamos como "disciplina"
O poema lido (“O dos Castelos”) tem na Mensagem a função de personificar a Europa, mostrar o passado e o futuro do nosso povo, tem uma conotação mística e tem ainda presente o conceito de Quinto Império.
Pudémos ainda analisar uma comparação da poesia de Fernando Pessoa com a Poesia de Luís de Camões em Os Lusíadas onde verificámos uma animização.
Foram ainda analisados durante a aula mais três poemas: D. Afonso Henriques, D. Dinis e D. Sebastião Rei de Portugal.
Analisámos cuidadosamente os três, mas aprofundámos mais em “D. Sebastião Rei de Portugal”. Neste percebemos que D. Sebastião simboliza na história a esperança, o lançamento para o futuro, o Quinto Império. A professora referiu ainda que estes poemas são épicos, servem para a exaltação de sentimentos, utilizando os nossos heróis lusos para nos motivar hoje.
Houve durante a aula um momento mais descontraído em que ao analisarmos o poema de D. Sebastião a professora nos perguntou qual era o significado da palavra Arroio, como ninguém respondeu foi-nos indicado que procurássemos no dicionário. A palavra arroio surgiu do latino "arrogiu" e é um pequeno ribeiro, um regato não permanente, uma pequena corrente de qualquer líquido.
Seguidamente e com a aula quase no fim fizemos uma leitura de um texto onde estava sintetizada toda a obra de Fernando Pessoa, na página 141.
Antes da conclusão da aula lemos ainda o poema “O infante”, na página 132 onde encontrámos uma nova figura de estilo, a gradação, com o exemplo “Deus sonha, o homem quer, a obra nasce”.
Para finalizar a aula, foi feita a chamada e os alunos foram saindo consoante a lista numérica.

Relatório de português

Relatório de português
Aula 12-11-2008

Começámos a aula com um pequeno poema chamado “Cerveja a copo” .
Seguidamente falámos de Fernando Pessoa, escritor que se insere no modernismo, princípios do séc.XX, movimento de rotura em relação aos anteriores.
Os modernistas vieram trazer para as letras a máquina, a revolução industrial. A partir daqui os escritores começaram a aperceber-se que podiam brincar com o grafismo, os diferentes tamanhos, as variadas formas, etc.
Comparámos Os Lusíadas, como visão mística mas principalmente histórica, e a Mensagem que incide principalmente no terreno espiritual ou quinto império.
Fomos aconselhados a “dar uma vista de olhos” nas páginas 120 e 121 sobre a geração Orpheu, aproveitando para falar um pouco de Amadeo de Sousa-Cardoso (como por exemplo, o seu museu em Amarante).
Passámos pela página 129, “Ulisses” faz parte do mito da fundação de Lisboa, apesar de não ser um herói Lusitano.
Análise de “Ulisses”:
1ªestrofe
“O mito é o nada que é tudo” , é considerado uma antítese ( ideias opostas) e paralelamente um paradoxo (ideias que não fazem sentido juntas). Comparando assim a filosofia ZEN (Japonesa), que é quando a mente despeja todos os pensamentos e ascende à percepção do todo.
“o mito é o nada…”, significa que o mito não se vai ancorar em coisas concretas , mas este pode explicar muito da nossa natureza.
“…mesmo sol…” é uma expressão de coincidência, em vez deste poderia estar escrito, o próprio sol.
“…abre os céus…” é uma metáfora (comparação implícita). É uma alusão ao amanhecer, que é quando o sol abre o céu.
“…mito brilhante e mudo…” , sinestesia, dois sentidos, conceito de som e de luz.
“…O corpo morto de Deus, vivo e desnudo.” Considera-se uma hipérbole e metáfora. “…morto…vivo…” , antítese e paradoxo.
O poema começa com uma tese e depois desenvolve uma ideia, vai prová-la. Usa o exemplo do sol para esclarecer “o mito é o nada que é tudo…”. O mito é o nada, é aquilo que não se prova, não tem corpo físico, não está documentado, mas representa tudo. Por exemplo, o corpo morto físico de Deus está documentado, mas se está morto já não é nada.
Resumindo: é a ligação do concreto com o abstracto, do nada com o tudo. Tudo o que existe tem um lado visível e um oculto.
2ªestrofe
“Este, que aqui aportou…”, este é Ulisses.
“Foi por não ser existindo…”, Ulisses tornou-se mito, por na realidade não ter passado por Lisboa.
“Sem existir nos bastou…”, mesmo só existindo o mito de Ulisses, a lenda que ele existiu e que fundou Lisboa basta para as pessoas acreditarem.
“Por não ter vindo foi vindo…” , significa que para nós, por ele não ter vindo na realidade se tornou importante.
“E nos criou…”, criou Lisboa.
Resumindo, o povo Lisboeta não seria o mesmo sem Ulisses, ele criou-nos mesmo por não ter passado por cá, por se ter tornado mito.
3ªestrofe
Na terceira estrofe trata-se de uma história de fecundação, neste caso a fêmea é como se fosse a realidade (passiva) e o macho, a lenda (fecunda a realidade criada pela lenda)
“…a vida, metade de nada, morre.”, isto significa que a vida já é metade de nada, que a vida real é nada, a realidade é o mito e isto faz com que voltemos à ideia inicial.
De seguida foi-nos proposto um exercício de leitura deste mesmo poema.
Com um pequeno texto que se encontra ao fundo da página 129, fez-se um paralelismo com Ulisses.

Também vimos “O dos castelos”, na página 128.
A grande figura de estilo que predomina é a personificação.
1ªestrofe
“A Europa jaz…”, isto é, a Europa está em repouso.
“Olhos gregos, lembrando…” , olhos gregos lembram a cultura do passado.
“…românticos cabelos…”, tem a ver com o Norte da Europa, com o início do romantismo.
Elementos que personificam a Europa são: os cotovelos, olhar inteligente, cabelos, olhos gregos, lembrando, cotovelo esquerdo e direito, mão e rosto.


2ªestrofe
“ Este diz Inglaterra onde, afastado, a mão sustenta, em que se apoia o rosto.”, Inglaterra sempre foram os nossos aliados, em toda a história, por isso eles são a mão que nos apoia e nós, Portugal, o rosto, trata-se de uma metáfora.
3ªestofe
“ Fita, com olhar esfíngico e fatal…”, isto é, a esfinge tem um olhar misterioso que esconde algo, é uma figura histórica e mística envolta em mistério. “…fatal…” vem de fado, temos o destino e mistério no olhar.
4ªestrofe
“O rosto com que fita é Portugal”, expressão simbólica, porque nós estamos virados para o mar e estamos a fitar, a olhar, a observar, somos aqueles que têm a visão (segundo o mito do quinto império).
Este poema tem quatro estrofes, tendo a última estrofe um único verso.
Foi-nos dito que metade de um verso é chamado Hemistíquio.
Comparámos seguidamente um pequeno trecho de Os Lusíadas do fundo da página 128 com Fernando Pessoa e chegámos à conclusão que as parecenças eram “Europa”, “cabeça” e “repouso”.

Por último a página 130.
Os últimos três poemas que foram falados foram “D. Afonso Henriques”, “D .Dinis” e “D. Sebastião rei de Portugal”.
O primeiro é fundador da Nacionalidade, o segundo foi o responsável pela condição da expansão ( pinhal) e o terceiro pela perda da nacionalidade seguida do messianismo.

Relativamente a “D.Sebastião rei de Portugal”. O sujeito poético é D. Sebastião.
1ªestrofe
“…porque quis…..”, conjunção causal. Aqui ele quer explicar o porquê de chamar louco a S.Sebastião (razões boas, ele quis superar o destino).
“Não coube em mim minha certeza…”, refere-se à extensão do império para África.
“…onde o areal está ficou meu ser que houve, não o que há.”, isto é, o corpo que morreu e o mito que ficou, ele tornou-se num mito porque morreu.
2ªestrofe
“Sem a loucura que é o homem mais que a besta sadia, cadáver adiado que procria.”, Compara-se à ausência de loucura a uma besta, isto é, sem a loucura o homem é como um animal ou um cadáver, que manifesta vida simplesmente porque procria. Sem loucura somos como mortos. Loucura permite ver mais além, ter um lampejo.
Homem é animal e inteligência (ser paradoxal).
Inês Freitas
12ºE /Nº13

Relatório da aula do dia 10 de Novembro

A aula iniciou-se com a leitura do relatório da aula anterior. A esta seguiu-se a leitura do texto “Ovelha Ranhosa”, conto que explica e critica a organização social.



Procedemos à entrega e correcção do teste de avaliação.

· Quanto à estrutura interna, o episódio localiza-se na narração.

· Encontra-se no plano da história de Portugal; Sendo os outros planos o mitológico e o da viagem.

· Era pedido na questão 4, que explicássemos a valorização do texto, devido à figura de estilo utilizada.

Exp.: “A branca areia as lágrimas banhavam,” – hipérbole, personificação e metáfora; Estas figuras de estilo valorizam o texto no sentido estético-expressivo. O poeta fala da areia quando pretende falar das pessoas, demonstrando a quantidade de pessoas presentes; O branco da areia torna a cena mais “visível” ao leitor; O facto de se banhar a areia demonstra a dor e as lágrimas dos presentes nas despedidas. Ou seja, as figuras de estilo presentes intensificam o impacto do verso no leitor, transmitem força rítmica ao verso e permitem ao leitor uma visualização com mais intensidade e realidade do acontecimento narrado.





Finalizada a correcção do teste, iniciámos o estudo da Mensagem, com uma pequena introdução a Fernando Pessoa e à sua obra.



Fernando Pessoa nasceu em 1888 (finais do século XIX), tendo vivido a sua idade adulta em inícios do século XX – é um autor Modernista.

Foi exclusivamente poeta; mas as obras de Fernando Pessoa tiveram imensa influência na sua vida – vivia para a escrita.

O único livro publicado em vida foi a Mensagem, com a qual ganhou um prémio literário.

Tinha uma personalidade poética riquíssima – cada um dos seus heterónimos tem uma personalidade própria criada e desenvolvida pelo autor.

Fernando Pessoa escreveu uma carta a um amigo explicando como surgiram os seus heterónimos (caracterização poética e estética de alguém que se conhece muito bem; Quase como uma pose poética – característica Futurista).

Exp.: Álvaro de Campos tem três fases:

1ª. Fase Decadentísta – cria uma personagem em constante decadência;

2ª. Fase de Entusiasmo sobre a Máquina – a personagem vive entusiasmada com o Futurismo e com a Revolução Industrial.

3ª Fase Interior – a personagem fala das máquinas com menos paixão; Vira-se para o seu interior.

(Estas fases surgem para dar coerência à personagem).



Após a introdução ao autor, procedemos à leitura de pequenos textos sobre a Mensagem (pág.141 do Manual).



A Mensagem é o texto mais misterioso de Fernando Pessoa;

É uma obra onde tudo tem dimensão simbólica ou mitológica; Nada é totalmente directo, sendo esta carga simbólica importantíssima.

Os Lusíadas e a Mensagem têm em comum a característica épica. Embora a Mensagem fale da História de Portugal não é a sua componente histórica que importa, mas sim a simbólica.

Esta obra pertence ao modo lírico.

Tem estrutura tripartida (o número 3 é um número simbólico):

· Nascimento – Brasão;

· Realização – Mar Português;

· Morte – O Encoberto; é uma morte seguida de um renascimento.



O Mito – Apenas a parte mitológica interessa. A Mensagem inicia-se com o poema “Ulisses”, um herói que não é nacional, mas sim universal.



Sebastianismo – D. Sebastião foi Messias dos Portugueses enquanto povo. Segundo Fernando Pessoa, existe um Messias em cada um de nós.



Quinto Império – Enquanto que Os Lusíadas falam de um Império Terreno, a Mensagem fala de um Império Espiritual (que se iria espalhar pelo resto do Mundo).





Desta forma, concluímos a aula.





Inês Antunes, nº12, 12ºE

Sumários das aulas de 24 a 28 de Novembro

Turma A
Leitura do relatório da aula anterior.
Apresentação de trabalhos de grupo sobre a matéria do 1º período.
Segundo teste do período: A Mensagem

Turma E:
Leitura do relatório da aula anterior.
A técnica narrativa: leitura de um conto.
Análise de um poema da Mensagem: "V IMPÉRIO".
Leitura de um excerto de um ensaio de Eduardo Lourenço sobre a identidade de Portugal.
Exercício de oficina de escrita a partir de um poema de Fernando Pessoa.
A música no tempo de Pessoa: audição de um excerto da Sagração da Primavera, de Stravinsky.
Tentativa de resolução conjunta de alguns problemas relacionados com a data do teste e da apresentação dos trabalhos de grupo.
Leitura de um conto e exercício de escrita a pares.

Turma H:
Conclusão da leitura de um conto.
Análise do poema V Império.
Leitura de textos sobre a Mensagem, reflexão sobre os mesmos.
Esclarecimento de dúvidas relativamente ao teste.
Segundo teste do período: A Mensagem

Sumários das aulas da semana de 17 a 21 de Novembro

Análise de poemas da Mensagem: conclusão da II parte, estudo da parte III: paradoxo, personificação, sentido denotativo e conotativo, sujeito poético.
Interpretação dos poemas. O V Império.
Messianismo e sebastianismo.
Planificação das aulas até ao final do período: conclusão do estudo da Mensagem, trabalhos individuais e de grupo, recitação de uma estrofe, audição de música do tempo de Pessoa e oficina de escrita.

sábado, 22 de novembro de 2008

MATRIZ DO TESTE

MATRIZ DA 2ª PROVA DE AVALIAÇÃO DO 12º ANO, ano lectivo 2008-2009
DISCIPLINA DE PORTUGUÊS 1º PERÍODO

ESTRUTURA da Prova:
I PARTE: Poema com perguntas de interpretação
II PARTE: Texto sobre a obra estudada com espaços para preencher
III PARTE: Criação de um texto de reflexão pessoal sobre um tema à escolha a partir de temas dados
DURAÇÃO: 90 minutos
CONTEÚDOS:
Mensagem de F Pessoa: estrutura, modo literário, tom épico, outras características da obra.
Análise de texto.
Processos estilísticos.
O Portugal mítico, Sebastianismo e V Império
História e transfiguração
Portugal e identidade
OBJECTIVOS:
Compreender possíveis sentidos de um texto e explicá-los
Apreciar a construção ao nível estrutural e estilístico
Explicar a relação estilo/efeito estético
Conhecer aspectos estruturais e simbólicos de Mensagem
Desenvolver uma ideia de forma sustentada e pessoal

COTAÇÃO:
I GRUPO:
130
II GRUPO:
20
III GRUPO
50


TEXTOS ONDE PODES APOIAR-TE:
Para além dos textos da própria Mensagem:
Os textos teóricos das páginas:126, 127, 137, 138, 141 a 147
As “caixas” de texto das pp 135,136

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Diário de uma professora

Aqui transcrevo excertos de um diário que escrevi no contexto das aulas de uma turma, e do qual selecciono apenas algumas passagens que poderão ser úteis a todos:

DIÁRIO DE DUAS AULAS E UMA VISITA DE ESTUDO
Ultimamente não tenho solicitado os alunos para fazerem diários para não os sobrecarregar muito com trabalho, embora estes anos de experiência me tenham feito render totalmente à utilidade que a vários níveis o diário pode ter. Acontece-me por vezes eu mesma sentir necessidade de passar para o papel sob a forma de diário, impressões de uma aula para dessa forma as transmitir aos alunos. Por vezes faço-o logo no início do ano, para exemplificar, mas prefiro fazê-lo quando a situação o justifica.
[...] continuo a considerar que o professor deve deixar-se afectar pelas situações que vive. A imperturbabilidade pode ser algo estéril.
[...]
(vejo) a compreensão da aprendizagem como uma elaboração e transformação pessoal do que se leu ou ouviu, e não uma automática reprodução de palavras que qualquer máquina conseguiria fazer por nós. [...] (uma) concepção de saber já no século XVI foi posta em causa, como vimos e estudámos durante este período ao referirmos que para a mentalidade medieval o saber era algo que se aprendia nos livros mas com o Renascimento o Homem passa a ter uma importância fundamental na construção das suas aprendizagens. Isto, obviamente, sem desvalorizar o que se aprende nos livros, mas pondo a tónica na autonomia, na reflexão pessoal e na inteligência individual que não pode limitar-se à reprodução.
Aprender é assimilar, e assimilar passa por uma fase de absorção, seguida da transformação. Aprender é transformarmos e transformarmo-nos. Quando isso acontece, a nossa verdade passa para os outros sob a forma de sinceridade, entusiasmo e eloquência. Caso contrário é uma mera repetição de estereótipos. Para isso temos as máquinas, e até essas já vão conseguido dar uns passos de autonomia e inteligência criativa, embora eu duvide que passem muito para além desses pequenos e desastrados passos.
[...]
Uma aula é um laboratório, uma oficina de trabalho,[...] Há uma forma diferente de estar em cada espaço. Num aula experimenta-se, tenta-se, erra-se, e o experimentador expõe-se tanto quanto ao seu trabalho. E uma aula é mesmo para isso. Só mesmo os seguros de si e deste processo não receiam errar, porque sabem que é assim que se aprende. Aquele que se permite experimentar e errar e expor-se e abrir-se a aprender com os outros (é por isso que vivemos em comunidade, para cooperarmos, e a aula é uma pequena comunidade) é o que tem mais possibilidades de aprender e crescer.
Para poder acontecer a aprendizagem, é imprescindível que haja alguma dose de humildade. Aquele que está convencido que já sabe tudo e que não suporta uma correcção, dificilmente evoluirá. Os homens e mulheres que na História se revelaram grandes foram aqueles que estiveram sempre abertos a aprender mais e mais e mais. E já eram sábios. Mas ninguém sabe tudo, embora todos sejamos especiais em alguma coisa. E se não sabemos em quê, é melhor pormos mãos à obra para descobrirmos.
Mas enquanto estivermos num grupo em situação de cooperação e aprendizagem, ou nos fechamos e isto torna-se uma coisa insuportável, ou nos abrimos com confiança e podem acontecer pequenos milagres. Gostaria que os alunos compreendessem que a aula é um espaço seguro, que o meu papel é ajudar, [...].
Eu estou imensamente agradecida a todos os meus alunos que ao longo dos anos compreenderam isto e deixaram que pequenos milagres acontecessem na sala de aula. Também com eles eu aprendi e cresci.
Portanto, encaremos as aulas como uma bancada de trabalho. Nas bancadas de trabalho as coisas não têm de estar nem parecer muito arrumadas, isso é para os expositores onde se mostra o trabalho acabado. E isso também irá acontecer aqui lá mais para o fim, e mesmo assim, espero que continuem sempre a crescer e a aprender, sem medo de se mostrarem vulneráveis, porque isso é um sinal de segurança, enquanto a defesa mostra sempre algum tipo de insegurança em si mesmo. Mas por enquanto o que é preciso perceber é que estamos aqui para aprender. Se quisermos. Porque ninguém é obrigado. É sempre uma escolha. Mas já que se está aqui, parece-me um sinal de inteligência aproveitar bem a oportunidade.
Tenho esperança de vir a ver todos estes alunos com uma atitude confiante, como já vejo alguns, ao mesmo tempo humildes e orgulhosos de si mesmos por essa capacidade que todos têm dentro de si de se exporem para melhorarem, porque só os que se consideram grandes não receiam expor-se. Sabem que nada poderá acontecer-lhes. Os frágeis protegem-se. O que é uma grande ilusão que não passa de puro imobilismo com tendência a transformar-se em estátua. Nós queremo-nos vivos e em movimento. Disse um dia um sábio “Quando eu caio no chão, eu uso o chão para me levantar.” Penso que foi assim que se ergueram todos os grandes vultos da humanidade: a partir do chão: uma e outra e outra vez. Todas as necessárias.
Aqui termino o meu diário, mais extenso do que pensei inicialmente, mas acabei por me entusiasmar com o tema e espero que o meu entusiasmo sirva a alguém. Mesmo que seja só a um. De cada vez.

Risoleta
Novembro 2008

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sumários das aulas da semana de 10 a 14 de Novembro

Entrega e correcção do teste.
Introdução ao Modernismo e Fernando Pessoa.
Mensagem: carácter épico lírico, o mito, Sebastianismo, Quinto Império. A estrutura.
Visita de estudo ao Palácio/Quinta da Regaleira.

Leitura de narrativas.
Introdução ao Modernismo (continuação) e ao estudo de Fernando Pessoa ortónimo.
Análise de poemas da I parte de Mensagem (Brasão): o mito e o paradoxo.
Leituras expressivas
Preenchimento de uma ficha de reflexão/balanço sobre a visita de estudo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sumários das aulas da semana de 3 a 7 de Novembro

Teste.
A estrutura da narrativa: leitura de um conto.
Entrega e correcção dos testes.
Ponto da situação em relação aos trabalhos entregues e a entregar.
Trabalho em grupo sobre os temas escolhidos a propósito d'Os Lusíadas e da Mensagem.
Conclusão do estudo d'Os Lusíadas.
Personagem dinâmica.
Trabalhos em grupo sobre Os Lusíadas.

Introdução ao Modernismo, Fernando Pessoa e Mensagem.
Preparação da visita de estudo: Regaleira, símbolos e V Império.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sobre a Quinta da Regaleira, onde iremos na próxima terça-feira dia 11, leiam o texto de...

... Vítor Manuel Adrião, em:

http://lusophia.portugalis.com/forum/forum_posts.asp?TID=37&PN=1

MENSAGEM E V IMPÉRIO

Estamos à beira de iniciar o estudo de Mensagem, de Fernando Pessoa, uma obra, como já referi, ao mesmo tempo épica e lírica repleta de simbologia e mito. Um dos temas é o V Império. A propósito, e a par de outros textos que leremos, recomendo-vos, à laia de introdução, esta entrevista com António Telmo, um estudioso deste tema e afins:

http://aeterna.no.sapo.pt/lusophia/lusophia40-sm.htm

domingo, 2 de novembro de 2008

Relatório da aula de Português do dia 20 de Outubro de 2008

A aula iniciou-se com a entrega das autorizações da visita de estudo que teria lugar na quarta-feira dia 22, e do dinheiro para esta, assunto que a professora solicitou que fosse tratado no final da aula.
De seguida, deu-se lugar à leitura do conto “Quem se contenta” de Ítalo Calvino, após a qual se regressou à analise d'Os Lusíadas, ao estudo da dedicatória (p.32), onde Camões dedica a obra ao Rei D. Sebastião.

Foram abordados os seguintes pontos:

Estrofe 6
- Substituição de “rei” por “ó bem nascida segurança”, aqui encontra-se uma perífrase (dizer por varias palavras o que se pode dizer numa só;
- “…e vós”, aqui encontra-se uma apostrofe (chamar alguém);
- “…moura lança”, é uma sinédoque (parte pelo todo), onde a moura lança representa todos os mouros;
- “…pera” arcaísmo de para
- “Dar ao mundo por Deus, que todo o mande.
Pera do mundo a Deus dar parte grande”
Estes dois versos significam que deus dá ao mundo este rei (D. Sebastião), para este rei dar a Deus uma parte do mundo muito maior, alusão aos descobrimentos.

Estrofe 7
- “Vós”, nesta estrofe é uma anáfora por se repetir no primeiro e sexto verso no inicio destes.

Estrofe 8
- “Vós”, anáfora;
- “Vós, poderoso Rei, cujo alto Império
O Sol logo em nascendo, vê primeiro;
Vê-o também no meio do Hemisfério,
E, quando dece, o deixa derradeiro;”
Nos primeiros quatro versos desta estrofe, Camões pretende dar a ver a extensão do Império Português, pois abrange tudo o que o sol ilumina; onde o sol de põe – Portugal, onde o sol nasce – Oriente;

- “Vós, que esperamos jugo e vitupério
Do torpe Ismaelita cavaleiro
Do Turco Oriental e do Gentio
Que inda bebe o licor do santo Rio:”
Nos últimos quatro versos desta estrofe, espera-se que o rei resgate todas as regiões que ainda estejam sobre o domínio de outras religiões.


Nestas três primeiras estrofes, o poeta enaltece o rei, através de qualidades e defeitos.


Estrofe 9
- Sujeito – D. Sebastião
- Predicado – Inclinai (metáfora). O poeta elevou tanto o rei que tem de pedir para este olhar para baixo, pois o poeta é inferior;
– Ponde, o poeta expressa o pedido de receber a atenção do rei, que se encontra aí no cimo e o poeta aqui em baixo;
- “Que já se mostra qual na inteira idade,
Quando subindo ireis ao eterno Templo;”
Aqui o poeta pretende dizer que vós, rei, apesar de jovem já tem a maturidade de uma pessoa de idade avançada.
- “Que” – anáfora, repetição no inicio dos versos dois e três da estrofe.
- “…vereis um novo exemplo” (perífrase), o poeta refere-se a'Os Lusíadas.

Estrofe 10
- Nesta estrofe o poeta diz o que a sua obra não é, ou seja, enaltece as qualidades pela negativa; esta não é para ganhar fama (demonstração de humildade);
- “Daqueles de quem sois senhor superno,
E julgareis qual é mais excelente,
Se ser do mundo Rei, se de tal gente.”
Nestes versos, o poeta, diz que o rei verá se é melhor ser rei de todo o mundo ou se do povo português (pergunta retórica), a resposta está implícita, pois será muito melhor ser rei do povo português.

Estrofe 11
O poeta compara os feitos portugueses às antigas epopeias, afirmando que as histórias do povo de Portugal conseguem ser muito mais grandiosas que essas antigas epopeias imaginárias.


Após a análise das onze primeiras estrofes da dedicatória, passou-se ao estudo do Concílio dos Deuses no Olimpo, já iniciado em aulas anteriores. (p.35)


Estrofe 24 (início do discurso directo)
O Concilio dos Deuses ocorreu para decidir a sorte dos portugueses.

- “Eternos moradores do luzente” (perífrase), Deuses do Olimpo;
- “Se do grande valor da forte gente
De Luso não perdeis o pensamento,”
Os Deuses nunca se esqueciam dos portugueses.
- “Deveis de ter sabido claramente
Como é dos Fados grandes certo intento”
Fados significa destino, ou seja, se os fados já tinham decidido que era o destino dos portugueses chegar à Índia, então aquela reunião era inútil.
- “Que por ela se esqueçam os humanos
De assírios, Persas, Gregos e Romanos”
Os Homens esquecer-se-ão dos feitos dos outros povos, e enaltecerão a forte gente do Luso. Aqui ela significa a forte gente do Luso.

Estrofe 25
Nesta estrofe faz-se uma alusão às vitórias Portuguesas sobre os Mouros e os Castelhanos.
- “…lhe”, é, novamente, a forte gente do Luso

Estrofe 27
- “Agora…”, expressão temporal que expressa o Presente;
- “…lenho leve…” – Aliteração, repetição de sons;
– Metonímia, consiste em representar uma realidade através do material de que essa realidade é feita;
- Súmula (resumo da situação dos portugueses) – Os portugueses meteram-se numa fraca embarcação, já passaram por pontos em que o dia é longo, por pontos em que o dia é curto, já deram a volta ao mundo, e já navegam o mar à tempo infinito para chegar a Oriente. Aqui Júpiter está a tentar influenciar os Deuses a favor dos portugueses.

Nesta estrofe a professora fez uma questão aos alunos: Sabendo o que eh uma epopeia, como eh que os primeiros quatro versos da estrofe servem a epopeia?
O facto da embarcação ser frágil vai engrandecer todos os feitos e dificuldades ultrapassadas, mas duvidosos, vias nunca usadas, caminhos desconhecidos; tudo para reforçar de todas as formas o valor intrínseco do herói. Grandes heróis, grandes feitos.

Estrofe 28
- “Cuja alta lei não pode ser quebrada”, argumento de autoridade/razão, não há hipótese da viagem dos portugueses falhar, pois está no destino;
- “…roxa entrada.”, simboliza o Oriente, o que o destino já lhes destinou. – reforçar ideias;
- “Nas águas tem passado o duro Inverno;
A gente vem perdida e trabalhada.
Já parece bem feito que lhe seja
Mostrada a nova terra que deseja.”
Apelo às emoções/sentimentos, à compaixão, as gentes vêm cansadas, perdidos, esfomeados, já merecem que lhes mostrem a terra que procuram.

Estrofe 29
Continua o apelo à compaixão, os perigos por que já passaram os portugueses, agora merecem ser acolhidos em terra, para reabastecer de vida, força, comida.
Aqui termina o discurso directo.

Estrofe 30 (inicio do discurso indirecto)
“Na sentença um do outro difiria,” oposição de Baco ao destino dos portugueses, pois tem medo que a sua fama seja subjugada à fama dos portugueses.

Estrofe 33 (p.37)
Vénus opõe-se a Baco, pois ama os portugueses por terem tantas parecenças com os seus amados Romanos, e ouvindo os portugueses falar ela não tinha dificuldade em imaginar o latim.

Estrofe 36 (primeiros quatro versos)
Marte apoia Vénus, está de acordo com os seus argumentos, ou por causa do amor antigo que nutria por ela ou porque aquela gente o merecia, pelo seu valor. – Conjunção Disjuntiva “ou…ou”.
- “…porfia”, significa desacordo.

Terminou-se a aula a meio da estrofe 36, para se escrever o sumário. Após este foi-nos permitido sair.


Teresa Serra, Nº23, 12ºE

Texto sobre Os Lusíadas a partir de um verso da obra




Dedicatória, 14º estrofe, verso 4 – “Vossa Bandeira Sempre Vencedora”


Lembro-me que quando era criança adorava ir ao circo. Para mim, aquele sítio era mágico, e em cada ida ao circo eu imaginava como se fosse mais uma aventura e descobrimento de algo que marcasse os acontecimentos em minha memória. Como os navegantes portugueses deixaram marcas através dos seus descobrimentos e aventuras desde a sua época até ao nosso século XXI
O que gostava mais ver no palco era os acrobatas, que faziam vários truques sem medo e com grande firmeza. Assim, os nossos corajosos navegantes portugueses andavam no mar, enfrentando os medos e obstáculos que os deuses lhes preparavam pelo caminho. E apesar de cada obstáculo ser mais difícil que o outro, os navegantes passavam, lutavam e venciam.
O que me fascinava ainda mais, era o fim do espectáculo. Quando a magia acabava, todos os artistas faziam sempre um círculo e o responsável pelo circo pegava na enorme bandeira e lentamente puxava-a para cima. Isso significava que a minha magia imaginária terminara. Quando a bandeira já estava em cima, os espectadores começavam a bater as palmas e a gritar BRAVOO!
Os Lusíadas também nos falam das bandeiras dos barcos que lutavam contra vento, chuva e ondas fortes. Ajudavam e protegiam os nossos corajosos heróis contra mares e muitos obstáculos.


Natalya Zhykharenko

Relatório

A aula do dia 20 de Outubro de 2008 começou com a leitura do relatório do Fábio referente à aula de 16 de Outubro. Terminada a leitura, a professora fez o comentário habitual, dizendo o que faltava para este ficar completo. A professora falou também da dispensa da aula de Desenho no dia 22 de Outubro, devido à visita de estudo ao Padrão dos Descobrimentos, recolhendo as autorizações da mesma. De seguida leu o conto “Consciência”, de Ítalo Calvino, sobre um homem, Luigi, que queria ir para a guerra para matar um Alberto. Partiu para o país inimigo, mas não encontrou Alberto e na sua demanda foi matando várias pessoas, ganhando medalhas por cada soldado morto por si. Acabada a guerra sem a morte de Alberto, e sentindo remorsos por ter morto tantos homens em vão, Luigi parte de novo para o país do seu inimigo, para distribuir as medalhas pelas famílias das suas vítimas. Nesta viagem acabou por encontrar Alberto, que matou, sendo Luigi depois preso e condenado à morte por enforcamento.
Após a leitura do conto passámos para a análise d’Os Lusíadas. Retomámos o episódio do Consílio dos Deuses, na estância 37, que continua a descrição do deus Marte: o elmo que o caracteriza como deus da guerra, o «mui seguro», «armado, forte e duro». Nesta estrofe também destacámos a adjectivação «armado, forte e duro», o arcaísmo «sólio», que actualmente é solo, a hipérbole «O céu tremeu, e Apolo, de torvado,/ Um pouco a luz perdeu, como infiado», havendo também uma comparação neste verso, que é: «e Apolo (…)como infiado».
Nas estrofes seguintes Marte apresenta os seus argumentos em defesa do povo lusitano, apelando à coerência de Júpiter que havia expressado em estâncias anteriores que iria apoiar os portugueses. Apelou também ao merecimento do povo português à posse dos mares do Oriente e sugere que Mercúrio ajude Vasco da Gama a encontrar terra segura onde se possa informar sobre a Índia.
Durante a análise da estância 38 a professora pediu que puséssemos os dois últimos versos pela ordem do português corrente, ficando: «Não ouças mais, pois és juiz direito,/ Razões de quem parece que é suspeito.» em: Não ouças mais razões de quem parece suspeito, pois és juiz direito.
A estrofe 41 aborda o consentimento de Júpiter ao pedido de Marte tendo-se destacado, nesta estância, o arcaísmo esparziu, hoje em dia, espargiu.
Na estância seguinte deu-se importância à expressão de tempo «enquanto», que indica simultaneidade, tendo a professora feito referência às expressões de tempo «já» e «quando», que havíamos visto no início do Consílio dos Deuses.
Um dos exercícios propostos pela professora foi resumir a estrofe 44 em 5 palavras, sendo estas: “Não havia razão para permanecer”. Ainda nesta estância encontrámos uma prolepse – um adiantamento de acontecimentos que se vão passar mais tarde – no último verso «Mas não lhe sucedeu como cuidava».
Acabada a análise do Consílio dos Deuses passámos para a Reflexão do Poeta, que representa um momento lírico n’Os Lusíadas. Nas estrofes 105 e 106 salientámos a antítese «de amigos,/Mas debaxo o veneno vem coberto», a conjunção adversativa ‘mas’, as interjeições anafóricas «Oh!», que também expressam a função emotiva, o paradoxo «Que, aonde a gente põe a sua esperança,/ Tenha a vida tão pouca segurança», isto é, normalmente pomos a esperança onde é mais inseguro, a metáfora «bicho da terra» e uma interrogação retórica no último verso da estrofe 106.
De seguida lemos um resumo referente ao Canto II, sobre o qual referimos o encaixe da História de Portugal no plano da viagem, a contínua coexistência da mitologia cristã com a greco-romana e o tratamento díspar dado aos portugueses pelos reis de Mombaça e de Melinde.
Passámos para a análise das estrofes 3,4 e 5 do episódio Em Melinde, no qual Vasco da Gama conta ao rei desta terra a história de Portugal e do seu povo. Neste episódio referenciámos o jogo de palavras entre o ‘deve’ e o ‘devo’, na estância 4 e a metodologia que Vasco da Gama irá utilizar para relatar os feitos do povo lusitano expressa nos dois últimos versos da estrofe 5.
Finalmente, a professora lançou um exercício de leitura à turma, que consistia em separá-la por filas e, cada uma dessas filas tinha de escolher uma estrofe e combinar que elemento/elementos lia(m) o quê e apresentar o resultado à turma e à professora.

Madalena, 12º A