quarta-feira, 22 de outubro de 2008

“As armas e os barões assinalados...

...
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram;”





No meio da confusão, da agitação da cidade, da chuva que escondia a rua……no meio do tudo e no meio do nada.
Vi-te ao longe como numa despedida na ocidental praia Lusitana.
Segui-te com os olhos como quem foge do medo, como quem luta numa guerra, como quem se perde…
Procurei-te como aqueles que em tempos divagaram em mares nunca antes navegados.
E então é assim, como eu disse que seria, na maior parte do tempo…
Não consegui tirar os olhos de ti, mas sem te ver, lutei com o tempo e com o espaço, mais do que prometia a força humana,
E então foi assim, tal como disseste que seria…
Não consegui afastar os pensamentos de ti, mas sentia-te fugir pela ignorância de não saber.
Sabias-me a noite, a dia, a lua, a sol, a vento, a eucalipto, a girassol….e não me sabias a nada.

Finalmente consegui tocar-te, no final duma tarde, no começo de um dia…foi então que…
Vi escuridão e vi luz
- Diz o que tens para me dizer!
Ela disse-me como numa brisa quente, para falar, gritar, mostrar, e entre toda aquela gente remota edificar sonhos e sensações.
Para fechar os olhos e abrir o coração.
E então foi assim como disseste que seria, como sol quente ou como água fria.
Não tirei os olhos de ti como um novo reino, que tantos outros sublimaram
Deitei fora problemas e sombras, e agarrei-te como me disseste.

Não tive medo de continuar, não tive medo de desistir, porque cheguei à conclusão que é melhor dizer muito do que não dizer nada.
Porque não fui eu que corri à tua beira, mas sim tu à minha.
Então gritei-te tão alto, como armas e barões assinalados.

Quando sabes, quando sentes, quando cheiras….é VIDA


Inês Freitas
Nº13 12ºE

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