sábado, 11 de outubro de 2008

Relatório

Relatório da aula de 2 de Outubro de 2008
A aula começou com a leitura, pela Ana Santos, do relatório referente à aula de 29 de Setembro de 2008. Após a leitura, a professora perguntou se havia algum comentário a fazer sobre o mesmo relatório, e não tendo havido, referiu que este estava bastante completo.
Depois deste momento com que costuma principiar cada aula de português, a professora anunciou as duas visitas de estudo a realizar no 1ºPeríodo:

- Dia 22 de Outubro, quarta-feira, às 14 horas, visita ao Padrão dos Descobrimentos, em Belém, para o visionamento de vídeo, História da Cidade de Lisboa, com duração aproximada a 45 minutos. A visita tem o custo de 2€ por cada aluno.
- Dia 11 de Novembro, terça-feira, às 10 horas, visita à Quinta da Regaleira em Sintra, para um maior contacto com os ideais do Quinto Império e todo o simbolismo envolvente. A visita tem o custo de 4€, mais o custo da viagem até Sintra.
Ambas podem ainda ser completadas na visita ao Padrão com a exposição lá presente; e na visita a Sintra com a ida a Monserrate, algo que a professora depois acertará.

Posteriormente a professora leu o conto “O homem que chamava Teresa” in CALVINO, Italo. A memória do Mundo. Lisboa: Teorema. 1995. O conto tratava um homem que na rua, junto a um prédio, chamava o nome Teresa e a que se foi juntando uma multidão. Todos chamavam, até que muitos desistiram ao aperceber-se que o homem não tinha qualquer ligação com a tal Teresa e que possivelmente nem existiria alguém com tal nome a viver por ali. Neste conto, a professora pediu para que identificássemos uma sinestesia, ao que foi respondido “uma voz cheia de sardas”, pois junta a audição com a visão.

Em seguida ouvimos três músicas renascentistas, onde nos era proposto tentarmos sentir o ambiente da época. Foi também pedida a elaboração de uma frase, ou palavras soltas, que caracterizassem o que sentimos em relação às diferentes músicas:
- A 1ª foi composta por um compositor italiano, no século XVI, para alaúde, apesar de aquela que ouvimos ser tocada em guitarra. A maior parte da turma classificou-a com o mesmo tipo de palavras, como:
-harmoniosa;
-tranquila;
-melancólica.
- A 2ª tinha origem portuguesa, também do século XVI, e já continha voz. Foi caracterizada com palavras como:
-solene;
-relaxante;
-calma;
-de igreja.
- A 3ª música era inglesa e da mesma época. Só instrumental, foi associada às seguintes palavras:
-vibrante;
-ritmada;
-convívio;
-corte.



A seguir regressou-se ao tema de outras aulas, Os Lusíadas. A professora sugeriu que lêssemos as páginas 20 e 21 referentes às Epopeias Clássicas: Ilíada, Odisseia e Eneida.
Após isto, começámos a análise do primeiro episódio da narrativa, “Consílio dos Deuses no Olimpo”, onde a narração começa já no meio da viagem de Vasco da Gama até à Índia, em pleno Oceano Índico. Assim, a professora explicou o modo como esta narrativa de Luís Vaz de Camões se caracteriza, “in media res”, isto é, quando a narrativa começa no meio da história.
Com a análise de cada estrofe identificámos variadas figuras de estilo, tais como:
- “As inquietas ondas apartando”, animização, quando algo inanimado é caracterizado com sentimentos ou acções próprias de animais e humanos.
- “Onde a Aurora nasce e o claro Sol se esconde”, perífrase, utilização de várias palavras para descrever o que poderia ser dito com apenas uma, neste caso, oriente e ocidente.
- “Eternos moradores do luzente”, apóstrofe, caracteriza-se pelo chamamento do receptor, aqui, Os Deuses.
Enquanto analisávamos estas figuras de estilo, a professora explicou também a paráfrase, a tradução por palavras nossas de uma determinada frase.
Ainda na análise dos versos d'Os Lusíadas, tratámos a evolução fonética das palavras, tendo como exemplo - “escuma”, actualmente um arcaísmo que evoluiu para “espuma”.
Antes do término da aula, fizemos a ordenação de cada verso para a ordem sintáctica do português actual, sendo esta – sujeito, predicado, complementos.

Como por exemplo (por Luís de Camões):

“Estava o Padre ali, sublime e dino,
Que vibra os feros raios de Vulcano,
Num assento de estrelas cristalino,
Com gesto alto, severo e soberano”

No português actual:

“O Padre sublime e dino,
Que vibra os feros raios de Vulcano,
Estava ali, Com gesto alto, severo e soberano, num assento de estrelas cristalino,
”.

A aula terminou com o registo dos sumários referentes às lições números 7 e 8 de dia 25 de Setembro, lições números 9 e 10 de dia 29 de Setembro e com as lições números 11 e 12 da própria aula.

Bruna Rafaela, 12º A

Nenhum comentário: